Passos curtos,
demorados.
Absorvida...
como se o novo dia
pudesse mudar a sua vida.
Passos curtos,
contados.
Sonhando...
Como se um sonho
Se construísse caminhando.
Passos curtos,
pensados.
Baixinho!
Como se caminhando
pudesse reconstruir o caminho.
(...)
Em um daqueles raros e pequenos prazeres da vida, escolhemos La Alberca (província de Salamanca, Espanha) para as mini-férias da passagem daquele ano.
O local é de paz e sossego, magnífico.
Lá em baixo, nas Batuecas, corre um rio curto mas demolidor, a lembrar o Douro, aquele dos três irmãos que acordou mais tarde que os outros e que, para cumprir o destino, esgarnou piçarras de xisto duro como granito e esculpiu as margens que, milhões de anos mais tarde, levaria Marquês de Pombal a criar nelas a primeira Região Demarcada do mundo.
Vem este devaneio a propósito de que, tal como o afluente Coa, também este rio Batuecas foi escolhido pelo homem do paleolítico superior, até ao neolítico, para expressar o seu talento e sentimentos "retratando" o quotidiano das suas vidas e nos endossar a responsabilidade da sua interpretação percebendo que o nosso futuro depende, e muito, do conhecimento e das memórias do passado: refiro-me às bem preservadas e protegidas "pinturas rupestres" do Parque Natural del Valle de Las Batuecas, integrado na lindíssima Sierra de Francia, ou Penha de França como também é conhecida nesta região de Castilla e Leon.
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